Reunião do Copom: elevação da Selic e perspectivas para o futuro
Nesta terça feira (28/09), o Banco Central divulgou a ata referente à última reunião do Copom, na qual a Selic foi elevada em 1 p.p pela segunda vez consecutiva. No documento, o Comitê de Política Monetária avalia como ideal a última escalada na taxa básica de juros e reconhece que o estágio do atual ciclo de ajustes já comporta uma política monetária efetivamente contracionista.
Segundo o Banco Central, deve haver continuidade no ritmo de aperto dos juros, uma vez que estudos realizados com simulações de diferentes trajetórias para a Selic apontam que o compasso atual deve cumprir com as metas de inflação para 2022 e 2023. Na ata, o colegiado aponta os principais riscos para a deterioração do cenário inflacionário no curto prazo, dentre eles, o mais preocupante é o risco fiscal, que segue no radar das contas públicas.
Caso Evergrande e o risco de inadimplência no setor imobiliário da China
Um estudo da S&P demonstra que 60% das construtoras da China têm posição de caixa inferior à soma de suas dívidas de curto prazo, ou seja, operam de modo alavancado. A Evergrande, grande construtora chinesa, ganhou espaço nos noticiários nas últimas semanas devido a sua enorme dívida e seu risco de causar um efeito cascata nas economias ao redor do mundo.
Entretanto, ela é apenas mais um exemplo de empresas com risco de inadimplência no país asiático. Com isso, o governo chinês tomará medidas para que não haja uma bolha imobiliária e, segundo analistas do Itaú BBA e do Citi, os riscos de uma possível quebra da Evergrande afetar o setor imobiliário no Brasil são baixos.
Após anos de governo Merkel, eleições na Alemanha estão em aberto
Após um longo período político com Angela Merkel ocupando o posto de chanceler, a Alemanha se prepara para a troca de posto na chancelaria. O principal partido de centro-esquerda alemão, o SPD, venceu as eleições ocorridas no último domingo, derrotando o partido da atual chanceler, o CDU, por uma pequena margem, ainda insuficiente para a formação de um novo governo.
A escolha do novo chanceler e seus respectivos ministros será feita por meio de coalizões partidárias, e não necessariamente o SPD vai liderá-lo. O consenso é de que o período pós-Merkel seja composto por um governo de, no mínimo, três partidos. A inclusão de partidos não tradicionais no cenário político é algo inédito na Alemanha e pode representar uma tendência para outros países liberais e democráticos do bloco europeu.
Senado americano aprova projeto e evita “shutdown”
Durante a semana, o mercado reagiu ao risco de um shutdown do governo americano. A grande disputa entre democratas e republicanos foi o motivo do atraso na aprovação de um projeto de lei que impedisse a paralisação das atividades devido ao teto da dívida, o qual seria alcançado no dia 18 de outubro. Nesta quinta-feira (30), o Senado americano aprovou, em uma votação de 65 a 35, um projeto de lei que estende os gastos até o dia 03 de dezembro. No pacote, estão incluídos US $28,6 bilhões para ajuda emergencial em caso de desastres e US $6,3 bilhões para apoiar refugiados afegãos. Com isso, o projeto de lei evita que o governo seja paralisado em relação aos investimentos e serviços, trazendo uma maior confiança para o mercado americano e mundial.